Devo ter estado umas quatro luas pequenas ausente. Não sei se adormeci...parece qe sonhei...essa casa estava mexendo comigo de tal forma e eu somente entenderia bem mais tarde.
Como se fosse possível, tudo ficou mais claro e avistamos o sol de Ancara, sabia que era de Ancara...mas não era, apenas da casa branca se podia ver a nova terra, e eu a ví.
Eu não tinha como me mover ou dizer alguma coisa, mais também não houve tempo pra isso.
Era o Guardião de Ancara,
por Dhiel, nunca ví nada igual;
os cabelos não tinham cor, porque aquela brancura e aqueles raios eram muito fortes, tive a impressão de tê-lo visto, mais não. Era apenas impressão, do jeito que veio partiu...essa foi a minha primeira estranha constatação: eu sabia quem ele era, a forma que tinha, mas não o conhecia, nunca tinha o visto antes. Isso é constrangedor.
...
Na mesma hora a resosta perturbadora:: construa-o, está na casa branca, tudo pode ser pintado..lembra-se disso Zerafim?
Não sabia o que responder e nem a quem responder. Não sabia da metade que deveria ou de repente não deveria sentir. A única certeza que tinha era de estar alí e por mais que muitas coisas ou quase tudo parecia não fazer sentido, faria, em alguma lua. Alí ou nas terras do norte. Foi então que construi minha primeira imagem. E a sala se encheu de multiplos tons de azul, numa seguencia infinita...minha estrela e a lua mãe de todas as luas.
Terras, mães fecundas, águas, mães geradores.
Aquela era a minha casa - os campos do norte, aqueles que deveria restaurar.
E pela segunda vez, as águas brotaram do meu rosto.
Eu estava certa.
Muito tempo, grandes luas ainda passariam antes que pudesse retornar, quase entrei...alguma coisa me prendeu.
Ainda não Zerafim, seus estudos ainda não se completaram.
E quando hão de se completar?
Depois que voltares da sua grande viajem saberemos, precisarás da ida muito mais do que da volta, aqui estas em casa, lá construirá uma casa. Não te esqueças da roda de Dhiel...não te esqueças dela.
E a voz sumiu, junto com ela um cheiro de jasmim que jamais me esqueceria e seriam as minhas flores prediletas por muitas e muitas luas.
Zerafim