30.12.11

2012


Que em 2012 possamos refazer os caminho,
abrandar os destinos,
concluir os objetivos.

Paz aos homens de boa vontade,
comida aos famintos,
roupas aos que estão nús.

Casa aos desabrigados,
dissernimento aos comandantes,
luz para a humanidade.

nevo berza 2012
Feliz ano novo


Zerafim - rromí

27.12.11

A TERRA

KOZAKIEICZ 1909
CYGANKA

Corre o tempo,
a forma tênue do desembarque chegou.

O fogo reconhece os desejos, os pedidos e os anceios - devo voltar.
Recuperar o fõlego e abrandar as disputas,
meta difícil e solitária.

Com seus cabelos a cobrir a cintura,
entre a faca e a adaga,
qual vencerá ao cortar os gravetos?

Os anos de uma rromí são curtos,
breves,
parcos,
soltos,
valiosos.

desço em solo ambebido no angue,
desço em meio a desconfiança.

Caio nos braços da solidão,
estou nos braços do mundo.


voltei.

rromí zerafim


22.12.11

FELIZ NATAL A TODOS

Que as estrelas sejam muitas a brilhar,
para todos quanto nela acreditarem.
Para os incrédulos, a estrela maior,
para que o amor vença, sempre.
Independente de país, de cor da pele ou situação social, ciganos, gentios, payos, ilustres desconhecidos, a toda a gente.
Um feliz Natal, de paz, harmonia, perseverança e força.

develesa

rromí zerafim

20.12.11

EM TEMPOS DE NATIVIDADE

imagem retirada da net

Que a vontade de ser alguem,
de estar em algum lugar,
de segurar o minuto do beijo e o segundo da liberdade não vos abandone.

Que o gosto da água,
o sabor dos corpos e a vontade de viver,
seja repleto em essencia e em atos.

Que nasça de água pura,
todas as expressões que nos transformam,
todas as veias que nos constituem,
tudo aquilo que acreditamos,
tudo o que pescamos.

Sejamos pescadores em tempos de natividade,
num mar repleto de eras,
repleto de ouro e de mirra.
Num tempo de descobertas,
num mundo de eterno aprendiz.



LACHO KRECHUNO
LACHO DROM
ANDO SARA
OPRÉ RROMÁ.

zerafim - rromí

13.12.11

A TERCEIRA CASA

A casa marrom - penso que estive longe por segundo e por toda a eternidade. Muitas luas se passaram e a casa marrom, imponente e serena, forte e lúcida, justa e imparcial, permanece.

Sustenta o eixo da vida, impõe a vontade dos tempos e respeita os filhos que em tí repousam.
Fortalece o sonho do descanso, a paciencia da existencia repousa em seus braços e dorme por entre as sua coxas.
confesso que adormeci nas tarde de sono dourado, onde o teu cheiro me entorpecia a alma e me guardava as horas.
Confesso que chorei quando ví dares filhos e filhos a tudo quanto tocas e a distribuir comida e seiva pelos caminhos. nunca a havia visto assim, soberana e senhora. nunca ousei tocá-la, sabendo que tanto o sangue quanto o suor lhe eram dados de presente e os recebia com total capacidade de perfeição e igaldade. És também uma rromí, és mulher, mesmo na dureza de dias amargos e horas intermináveis.

Me assustei quando ví as fendas do teu sangue seco, aspero e rude, sem vida e sem cheiro, sem sonho e sem filhos, então compreendi, que és a mãe e o pai, a casa e o vento, a senhora que ensina a sobrevivencia e as duras penas da morte. Que recebe meu sangue de mulher nova, recém talhada e me molda como a um barro; que forjado a fogo reluz para o trabalho.
Não imagino sua vastidão, mas sei que permanece em mim até quando estou acordada e me embala em sonhos, onde piso com a fertilidade aos meus pés, na vastidão da tua soberana servidão.

uma rromí chamada zerafim

9.12.11

AS TRÊS CHAVES

O CRIADOR
O UNIVERSO
A CRIATURA


O criador em meio ao universo, esse vaso campo aberto,
multifacetado e imensamnete colorido,
respalda sua criação no esteio, na criatura.

As três chaves celtas,
a união do criador com o univer, um berço a criatura.


Treze espaços, iniciados de três conjunções indivisíveis.
Delas nascem nossas ações e reações,
Delas se constroem pontes e constelações,
caminhos e distancias.

Delas somos feitos,
das treze casas de Dhiel.
O norte,
a minha casa.
A casa das três luas e das quatro estações.
Anacara - onde dormem as constelações,
o Norte - onde as constelações dançam.

Zerafim

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