26.1.12

27 DE JANEIRO



Não é o dia em sí,
são os pesadelos.

Não é a marca para mostrar o sofrimento,
foi o que aconteceu.

Numa guerra perdemos todos,
os oprimidos
os opressores,
os que foram silenciados,
os que silenciaram.

Em janeiro lembramos os mortos no dia 27.
Mas em nossos corações não há dia, nem noite.
Lembram-se os anos,
a morte, a fome e o frio.

Recorda-se do que homens, ditos seres humanos podem fazer,
antes e hoje.
Se já houve,
pode haver de novo.
E há.

Que suas mortes não tenham sido em vão.
O céu recebeu seus filhos muito amados,
sem estandartes de igrejas ou de pureza.

Apenas seus filhos,
na verdade de seus corações,
nas marcas dos seus corpos,
na verdade contada nos olhos.
Há de contar os rromaní que tombaram,
e todos os que pereceram.

Em silêncio na terra,
as honras pertencem aos céus.

Dhiel sabe,
a mim me basta.

zerafim
rromí

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