Passaram-se dias,
anos,
quase um século.
Não há um dia seguer nesse longo inverno,
desde 1944,
que eu não pense:
Porque?
Pra que?
Qual o sentido de tanta barbárie?
As flores não escolhem o solo em que nascem,
apenas brotam,
vivas e felizes.
Crescem e cumprem o seu papel de flores.
Precisamos plantas mais flores,
precisamos compreender mais o nosso papel.
No dia dois de agosto de 1944,
muitas roseiras foram arrancadas,
mas a terra não se esqueceu delas.
zerafim