Vim pela estrada do sul,
mas nasci pelos lados do norte.
O norte da estrela que alumiou minhas noites,
a mesma que se escondeu atrás da montanha,
e fez vergonha pra chuva,
se escondendo nas núvens.
Vim pelas estradas dos homens,
as mesmas que rodam o mundo.
Vim pelos amores perdidos e pela verdade da vida,
assim mais uma saída se abra.
vim para ver a Camargue,
montar em seus cavalos,
sonhar com milagres,
entrar na sua casa.
Uma rota para San Marie
só pode me lavar a Sara.
Pensando na rota da curva,
pensando e sonhando com ela.
Os cavalos estão cansados,
não há água pra beber,
não há vida que perdure,
a doce estrada ao amanhecer.
Minha rota,
minha vida,
santa ou não,
minha vida,
minha rota.
zerafim