Daqui se avistam duas luas,
mãe e filha.
Desde criança subo o rochedo ao norte e se repetem e se revessam a contar os contos.
Mesmo quando o sol nasce, ela está lá,
a lua mãe, generosa, nova, inteira.
Quando as rochas mudam a cor, saímos todas para acompanhar o encontro,
a estrela do norte,
soberana, altiva, única.
Nossa pele muda de cor,
ficamos douradas, banhadas de luz,
e é isso que muda nossa existência.
São duas luas, um sol e uma estrela.
E nós no meio.
Rromí Zerafim