E sem saber ao certo,
quanto ainda deveria andar, descansei cansada de sonhar.
Fotam tantas luas e tantos sonhos,
medo e aquele cheiro que me entorpecia o sentia.
Os sonhos recorrentes,
o barulho insurdecedor de não sei o que.
Por entre a floresta que a cada dia me dava mais clarões,
a névoa me trazia angustia e desespero.
Lembrava-me de tantas coisas que desconhecia.
Durante uma noite,
com o frio úmido a cobrir meu corpo,
e uma febre estranha a percorrer minhas entranhas,
a bruma me fechou os olhos e foi ela que embalou meus sonhos.
Montanhas em preto e branco,
sem cor,
meu coração estava cinza.
Minha esperança estava por terminar.
Precisava andar,
iria esperar apenas aquelas horas, mas iria andar.
zerafim