5.11.11

UM CONTO ENCANTADO

 ORHOS - A CIDADE DA MAGIA/AS QUATRO CASAS


Guardar  tudo...Dhiel me ajude!! Não sei como. Nunca havia me afastado das montanhas de Ancara, ou pelo ao menos nunca havia me dado conta disso. Havia tanta coisa a aprender. O vasto desconhecido.

Perto de Zorran haviam algumas inscrições antigas e lá me disseram que podia perguntar mais, estudar mais e tentar achar algumas coisas para a minha longa viajem. Pedi permissão para viajar além de Zorran. Permissão concedida, regra determinada. Só me resta obedecer.

De fato; alguma coisa me diz que será longa. 

Tempo? volta a pergunta. O que é o tempo? Essa seria a minha maior conquista, tudo falam em tempo, esse eterno desconhecido. Eterno é o tempo. Disse Dhiel em uma de nossas conversas.
Tempo, ilô, darash, kalderas, malais...há tanta coisa que desconheço. Universo, norte, sul, oeste e o temido leste.

Tempo, tenho que me concentrar no tempo, preciso entendê-lo.
Zorran é a zona destinada aos estudos. Ciências múltiplas funcionam ali, paleiras altas, esguias e de profundo silêncio. No próximo portal fica Orhos, lá é o meu destino, terei apenas duas perguntas.

Localizada em meio às estações de parada é uma área sem muitas permissões. Os que aqui chegam são estranhos como eu, nunca os vi, mas receberam ordens parecidas com as Aminhas. Todos irão transportar material e edificar campos, espaços, os números variam, mas para o norte, onde vou, devo hoje coletar 2 partículas do Orhos. Talvez possa voltar depois. Uma destinada ao tempo, isso já decidi. A outra pergunta será sobre essa caixa – meu transporte, meu corpo. Há tantas coisas que não sei e tudo, tudo deverá caber nele.  Definitivamente não compreendo.

O azul é também uma cor especial, o branco, o marrom e o negro. Preciso anotar.
Orhos é imponente, simples e toda cheia de ondulações. Existem quatro braços como que a se entrelaçarem, mas totalmente diferente. Aqui devemos aprender desde a entrada.


Zorbim havia me falado. Me diz tanta coisa e nada.As montanhas azuis. Estão a vista.
Devo entrar pelo braço de Anael – ele coletou todas as informações dessa casa, ela é azul – a casa do tapete azul, depois a casa branca, a casa marrom e a casa negra, só então poderei chegar no ilô de Orhos. 

Anael me esperava na entrada de Zorran – um gesto de curvatura, silêncio e um sorriso sereno. Talvez triste, não sei. Algo que desconhecia. Uma pequena passagem na margem direita nos aguardava, aberta. Entramos.
Essa é a casa de Orhos – aqui todos aqueles que pertencem a linhagem de Dhiel ou por ele são marcados devem conhecer. Conhecerás o que o mundo desconhecido chama de magia e nós chamamos de essência. Nas quatro casas estará o princípio da vida, do que queima, do que arde, do que vive e do que morre. O tempo comanda toda a mudança e é aqui que você vai aprender a lidar com ele...
Não se preocupe em entender rromí, sinta. Dhiel te agraciou com esse dom e com essa maldição. Isso dependerá de você.

Não toque em nada, tudo o que chegar até você é porque deverá ser compreendido por você. Esse é o tempo, cada coisa na hora certa. Aprenda a respeitar o que está a sua volta e nada lhe fugirá da compreensão, disse Anael.

Tudo se movia em completa harmonia e silencio. O tapete dos pés parecia estar na cabeça e tive a sensação de flutuar. Esse era o tempo, a casa azul – a casa do senhor dos tempos.

zerafim

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